Espaço inspirado pela "práxis" Paulofreireana em que ação e reflexão são constituintes indissociáveis no processo de ser no mundo.
Páginas do Reflexações
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Você está cansado de quê?
Enquanto vários protestos pululam pelo mundo, articulistas de plantão, ironicamente "plantados" em suas cadeiras começam a buscar formas de deslegitimá-los. Uns requentam os antigos "são protestos sem foco", outros, "é coisa de desempregado", e consciente (os afeitos à "ordem" como ela está) ou inconscientemente (os incapazes de escapar do óbvio) banalizam as ações em andamento.
Mas o que haverá de comum em movimentos que ocorrem no Chile (os estudantes lutando, literalmente, por educação gratuita), nos E.U.A (a população querendo que os custos das peripécias financeiras sejam estendidos, TAMBÉM, aos ricos), na Espanha (os jovens estudantes e várias outras camadas da população também, como no Chile, brigando pela não monetarização da vida como um todo)?
O que está em questão nesses e outros lugares pode ser engatilhado pela crise econômica vigente (crise para uns, oportunidades de encher o *%?!@# de dinheiro para outros - ironicamente, aqueles que edificaram a própria crise), mas quem reduzir suas análises a isso nega o teor profundo que está levando pessoas a sair de casa para enfrentar aqueles que nem sabem quem são: as pessoas estão cansadas! Cansadas de uma lista infindável de coisas, algumas das quais destaco abaixo:
1. Cansadas da mistura entre o público (o Estado em todas as suas formas, Federal, Estadual e Municipal) e o privado (as empresas que colocaram os representantes públicos nos bolsos e, ao fazer, os transformam em funcionários privados - taí a mistura);
2. Cansadas de cumprir aquilo que é dito de cima para baixo pelo Estado em nome do bem para o país e não ver tais ações executadas pelos próprios representantes do Estado;
3. Cansadas de trabalharem em nome de um futuro melhor que nunca chega....e pior, que fica cada vez mais distante;
4. Cansadas de ouvirem as desculpas de sempre sobre os problemas que persistem APESAR dos sacrificios feitos por elas;
5. Cansadas de usar o dinheiro que mal têm para bancar as festas daqueles que têm demais;
6. Cansadas de terem suas inteligências ofendidas por uma justiça ou um judiciário que sempre encontra uma cláusula, uma parágrafo, um inciso que livra o golpista e sua quadrilha (que muitas vezes envolve o próprio judiciário) da punição, "em nome da lei"!
7. Cansadas de serem bombardeadas por uma cultura que diz que temos que ser o número um o tempo todo;
8. Cansadas de terem os rumos das vidas ditados pelos interesses de corporações;
9. Cansadas de tanta falta de rigor e austeridade naquilo que é público, e excesso de rigor e austeridade quando a mesma coisa se refere a elas.
10. Cansadas dos editais públicos serem escritos por empresas privadas que, depois, vão ganhar tais editais;
11. Cansadas do nivelamento por baixo da qualidade daquilo que é oferecido às pessoas.
12. Enfim, cansadas de um conjunto de atrocidades que são cometidas em nome de uma (pseudo) democracia que se construiu como uma gaiola que mantém as pessoas presas, impotentes, do lado de dentro enquanto que a festa rola solta do lado de fora.
Estes são só doze pontos que me vieram a mente em uma rápida chuva de idéias. Enquanto o mundo está em efervescência, a mídia brasileira dá destaque ao Rafinha e a sua infeliz fala. Nós é que sabemos o futuro que queremos. Proteste já!!!
Mas o que haverá de comum em movimentos que ocorrem no Chile (os estudantes lutando, literalmente, por educação gratuita), nos E.U.A (a população querendo que os custos das peripécias financeiras sejam estendidos, TAMBÉM, aos ricos), na Espanha (os jovens estudantes e várias outras camadas da população também, como no Chile, brigando pela não monetarização da vida como um todo)?
O que está em questão nesses e outros lugares pode ser engatilhado pela crise econômica vigente (crise para uns, oportunidades de encher o *%?!@# de dinheiro para outros - ironicamente, aqueles que edificaram a própria crise), mas quem reduzir suas análises a isso nega o teor profundo que está levando pessoas a sair de casa para enfrentar aqueles que nem sabem quem são: as pessoas estão cansadas! Cansadas de uma lista infindável de coisas, algumas das quais destaco abaixo:
1. Cansadas da mistura entre o público (o Estado em todas as suas formas, Federal, Estadual e Municipal) e o privado (as empresas que colocaram os representantes públicos nos bolsos e, ao fazer, os transformam em funcionários privados - taí a mistura);
2. Cansadas de cumprir aquilo que é dito de cima para baixo pelo Estado em nome do bem para o país e não ver tais ações executadas pelos próprios representantes do Estado;
3. Cansadas de trabalharem em nome de um futuro melhor que nunca chega....e pior, que fica cada vez mais distante;
4. Cansadas de ouvirem as desculpas de sempre sobre os problemas que persistem APESAR dos sacrificios feitos por elas;
5. Cansadas de usar o dinheiro que mal têm para bancar as festas daqueles que têm demais;
6. Cansadas de terem suas inteligências ofendidas por uma justiça ou um judiciário que sempre encontra uma cláusula, uma parágrafo, um inciso que livra o golpista e sua quadrilha (que muitas vezes envolve o próprio judiciário) da punição, "em nome da lei"!
7. Cansadas de serem bombardeadas por uma cultura que diz que temos que ser o número um o tempo todo;
8. Cansadas de terem os rumos das vidas ditados pelos interesses de corporações;
9. Cansadas de tanta falta de rigor e austeridade naquilo que é público, e excesso de rigor e austeridade quando a mesma coisa se refere a elas.
10. Cansadas dos editais públicos serem escritos por empresas privadas que, depois, vão ganhar tais editais;
11. Cansadas do nivelamento por baixo da qualidade daquilo que é oferecido às pessoas.
12. Enfim, cansadas de um conjunto de atrocidades que são cometidas em nome de uma (pseudo) democracia que se construiu como uma gaiola que mantém as pessoas presas, impotentes, do lado de dentro enquanto que a festa rola solta do lado de fora.
Estes são só doze pontos que me vieram a mente em uma rápida chuva de idéias. Enquanto o mundo está em efervescência, a mídia brasileira dá destaque ao Rafinha e a sua infeliz fala. Nós é que sabemos o futuro que queremos. Proteste já!!!
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