sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Desenvolvimento - parte 7

Quando pensamos em desenvolvimento automaticamente nos remetemos aos seguintes fatores: a renda (do país, da cidade, etc) transformada em bens de consumo (assim pensamos que toda pessoa em carros caros é rica, nunca considerando que podem estar afundados em dívidas)e desenvolvimento tecnológico (considerando 'tecnologia' tudo aquilo ligado à informática ou à cibernética, aparatos cada vez menores e que prestam cada vez mais serviços ao mesmo tempo e etc). Esses são pressupostos do desenvolvimento na nossa cultura: aqueles que os têm são desenvolvidos e os que não os têm são SUB, são menos.
Como já discutido em artigos anteriores, esse pensamento leva a uma padronização do mundo e não nos deixa uma escapatória cultural: todos seremos iguais tendo acesso às mesmas e últimas tecnologias.
Dentro desse pensamento, culturas milenares como as indígenas ou orientais são SUB, mesmo sendo milenares. A contradição é que são SUB aqueles que conseguiram construir um modo de vida que os permitiram sobreviver por tanto tempo e que nós, que somos 'desenvolvidos', produzimos um modo de vida que está muito perto da beira do colapso.
Pois bem, por quê, na medida do desenvolvimento, para voltar à questão dos indicadores, não incluimos índices que medem corrupção, violência, degradação do meio ambiente? Assim, automaticamente, um país/estado/cidade/pessoa rica porém corrupta deixaria de ser um modelo de vida para ser um bom mau exemplo.
É apenas questionando os indicadores atuais que medem o desempenho de uma sociedade e introduzindo outros que desqualificam as posturas que geram sofrimento que teremos finalmente uma mudança profunda no nosso modo de vida.
Vocês conhecem um conjunto de indicadores que já faz isso?

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