domingo, 6 de junho de 2010

Dia mundial do meio ambiente

Hoje é dia mundial do meio ambiente e, aqui no Brasil, pode ser o último da legislação ambiental conforme a conhecemos.
Já foi exaustivamente publicada neste espaço e também em vários outros a iniciativa capitaneada por Aldo Rebelo para retalhar um conjunto de leis de tentam dar suporte jurídico para a proteção ambiental no Brasil. O resultado disso (o relatório da Comissão Mista) deve sair nos próximos dias.
O Brasileiro deve devotar uma atenção a esse documento, seus pressupostos e suas propostas. Deve também se perguntar criticamente, o que estará por trás (e, por que não, quem estará por trás) do discurso benévolo do político (benévolo porque direcionado ao "pobre pequeno produtor"). Quem será realmente beneficiado por suas propostas, a iniciativa privada ou o bem público? O brasileiro, de hoje e de amanhã?
Por fim, deve contextualizar todo esse movimento da bancada ruralista lembrando-se que quem faz a proposta faz parte daquela que não é a mais confiável parcela de brasileiros: a classe política, campeã do dinheiro na cueca, do superfaturamento, do mensalão e outras manobras.
A partir do desdém, do medo e das alterações que fizeram no projeto da ficha limpa para torná-lo o mais próximo possível de algo que não muda o que já existe, em desrespeito a pelo menos um milhão e seiscentas mil assinaturas de brasileiros preocupados com a ocupação das instâncias políticas nacionais por bandidos profissionais, podemos deduzir que o que menos está em pauta aqui é o bem estar do brasileiro ou mesmo dos produtores rurais do Brasil. Há uma outra lógica por trás, já por nós conhecida mas que mesmo assim não é capaz de constrangê-los: o toma lá dá cá mesquinho e no mínimo irresponsável praticado a céu aberto. E a moeda DA VEZ é o meio ambiente. Não se sabe qual será a moeda da próxima vez.
O problema é que o estrago a ser proposto será irreversível. Como comumente dizemos no universo da biologia, extinção é para sempre. No dia mundial do meio ambiente, vamos nos colocar publicamente para que não vivenciemos em um futuro próximo a extinção da nossa legislação ambiental.

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