Teve início na manhã desta segunda-feira em Nagoya, no Japão, a décima edição da Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-10).A Conferência deverá inundar, nos próximos dia, a mídia com reportagens a respeito da situação global da biodiversidade. Finalmente um pouco de oxigenação em um assunto que ficou asfixiado pela quase exclusividade das discussões relativas às emissões de carbono. É claro, emissões de carbono lidam com interesses de enormes corporações e grupos políticos e permitem a mitigação do problema usando-se a mesma tecla de sempre: os investimentos em tecnologia. Assim, ganham empresas e países que detém as tecnologias.
Agora não, a perda da biodiversidade decorre de um modo de vida e da colonização da natureza pela artificialidade. Preservar e conservar a biodiversidade afeta diretamente os discursos desenvolvimentistas que pregam que os problemas do mundo (pobreza, meio ambiente etc) serão resolvidos com uma dose mais forte do mesmo remédio sendo ministrado há 60 anos. Não tem jeito, preservar é preservar. É deixar lá. É encontrar formas criativas e alternativas de relação. Espero que a cobertura da conferência seja do mesmo tamanho que o problema requer.
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