segunda-feira, 6 de maio de 2013

Colaboração para a construção coletiva da Política Municipal de Educação Ambiental para o município de Ribeirão Preto

Como estou no Canadá impossibilitado de presenciar a audiência pública para construção coletiva da Política Municipal de Educação Ambiental para Ribeirão Preto, estou deixando minhas contribuições abaixo e as abrindo para críticas e sugestões. 
Deixo claro aqui que é difícil fazer sugestões por escrito, de forma que o texto abaixo não deve ser entendido como um texto com começo, meio e fim mas um conjunto de ideias que me pareceram pertinentes no momento da leitura do projeto de lei. Assim, desde já me coloco a disposição para esclarecimentos. 
Vou de pronto parabenizar o vereador envolvido com esse projeto de lei e sua abertura para conversa pública. Espero que este processo coletivo não seja apressado e que sejamos capazes de construir uma lei que incorpore nela não só as necessidades específicas da cidade como também os pontos de vista dos atores envolvidos, sejam eles servidores públicos, membros de ONGs, educadores em geral, etc. 
Sou pesquisador na área de educação ambiental e políticas públicas e já vi vários exemplos de políticas de EA municipais que não sairam do papel porque foram resultado de processos de bastidores e não ficaram conhecidas pelo público em geral, pelos educadores ambientais do municipio e nem pelos servidores públicos que posteriormente seriam envolvidos no processo de implementação da política pública. Assim, o envolvimento genuíno dessas diferentes partes no processo não só traz a ele maior legitimidade como também viabilidade e relevância. Espero que, no caso de Ribeirão Preto, assim seja!
Um outro esclarecimento é que tomei contato com o projeto de lei pelo facebook e não tenho qualquer conhecimento prévio sobre o seu processo de construção, se foi construído por uma ou várias pessoas, se foi construído em um dia ou um ano (ou mais) etc. Portanto, muitos dos meus comentários partem inferências que eu estou fazendo. 
Por fim, deixo claro que minhas intenções aqui são de colaborar com essa construção. Não tenho afiliação partidária e milito na área de educação ambiental. Farei algumas críticas abaixo ao projeto de lei com a única intenção de colaborar com a sua melhora. Não tenho, portanto, a inteção de ser rude e nem agressivo. Se em algum momento parecer assim, esclareço desde já que esse não é meu objetivo. 
O meu texto abaixo foi escrito de forma rápida, em intervalos das minhas tarefas aqui no Canadá (estou fazendo doutorado sanduíche). Portanto, não está editado e vai apresentar erros que eu espero não o torne chato demais, como repetições de palavras e etc. Por favor levem isso em consideração e vamos lá.  


1. De primeira vista achei que o texto está um pouco confuso, no sentido de misturar campos diferentes e também conceitos diferentes. Sugeriria, por exemplo, a comparação do conceito de desenvolvimento sustentável, presente no projeto, pelo de sociedades sustentáveis. Me parece que os conteúdos do projeto estão em consonância maior com este segundo, mas no que aparece no projeto é o primeiro.

2. Também achei um pouco confuso no texto da lei no que parece que ela mistura um pouco de objetivos de práticas de educação ambiental com práticas de gestão ambiental. Apesar de próximos e com algumas sobreposições, esses dois campos são diferentes. O de educação se preocupa com a formação de pessoas. O de gestão com a solução de prevenção de problemas. Em alguns momentos do texto isso fica confuso e eu sugiro uma revisão nesse sentido. Só para destacar, não faz sentido, na lei, destacar a questão dos resíduos sólidos. Se a própria lei está promovendo uma compreensão sistêmica das questões ambientais, porque dar destaque para resíduos sólidos? Há várias questões no município que deveriam ser destacadas também: água, aquífero guarani, arborização urbana (falta de), mobilidade urbana. São tantos que não faz sentido destacar um deles.

3. Acho que o texto deveria separar melhor, talvez em capítulos, as partes da política. Isso para deixar claro o que são princípios, os que são objetivos, o que são instrumentos e etc. Principalmente esses últimos me parecem dispersos. Os instrumentos de uma política são os meios pelos quais ela será implantada. Quais são os instrumentos deste projeto de lei?


4. Senti também falta de ligação deste texto com textos “maiores” como a lei da política nacional de EA e também o programa nacional de EA. Esses dois sugerem e já testaram, por exemplo, instrumentos que podem ser interessantes de serem replicados na cidade: projeto de coletivos educadores, com-vidas, formação de comunidades interpretativas e de aprendizagem e etc. Seria enriquecedor para a nossa lei fazer esse tipo de conexão. E, é claro, pensar em outro instrumentos, como por exemplo o de incorporar processos educadores ambientalistas nos processos de licenciamento ambiental que são desenvolvidos pelo município. Isso é muito possível de se fazer e incorporaria no projeto um aspecto que em geral fomenta muitos processos de formação em educação ambiental (já que quem está fazendo o licenciamento possui recursos para o desenvolvimento também de atividades de EA).

5. Achei contraditório sugerirmos uma lei que dê um olhar holístico para a educação ambiental mas que componha um órgão gestor com apenas uma secretaria. Sugeriria a composição de um órgão gestor mais amplo, já que a lei vai se referir à educação formal (escolas) e informal. A secretaria do meio ambiente não tem competência para atuar na área da educação formal. Consequentemente, toda a sua função como órgão gestor não poderia atingir, por exemplo, o conteúdo do artigo 17. Por exemplo, se for um projeto a ser implantado nas escolas, a SMA vai coordenar isso?  Assim, sugeriria um órgão gestor formado por pelo menos essas duas secretarias, a exemplo do órgão gestor da política nacional, formado pelo MMA e MEC.
Da mesma forma, eu sugeriria que o texto da lei contemplasse que sejam lá quais forem as secretarias que formarão esse órgão gestor, que elas tenham educadores ambientais contratados para isso (não precisa ser exclusivamente para isso). Ressalto que já passou da hora da educação ambiental deixar de ser vista como um olhar amador e ser levada realmete a sério. Cursos "ambientais" (como biologia, geografia, agronomia, ecologia e etc) não formam educadores ambientais. Formam biólogos, geógrafos, etc. Em geral (e novamente indico aqui que não quero ser rude, eu mesmo sou biólogo) formam profissionais com pressupostos que são apenas parcialmente compartilhados pela educação ambiental. Precisamos de profissionais que tenham o olhar técnico mas que sejam competentes para lidar com a questão pedagógica, que é o coração da educação ambiental. Essa é mais uma justificativa para a sugestão de formar um órgão gestor composto pela secretaria do MA e Ed. 

6. Para a composição Comissão Multidisciplinar de Educação Ambiental, sugeriria que ela não fosse apenas não governamental, mas que fosse simplesmente multidisciplinar. É importante trazer para a conversa professores em atuação e gestores públicos, por exemplo, além de ONGS. Há uma realidade institucional na execução de políticas públicas que precisa ser contemplada na composição e execução de programas e projetos. Manter uma comissão não governamental não colabora para a aproximação entre os universos governamental e não governamental e não ajuda a gente a compreender as questões na sua totalidade. O município de Suzano, por exemplo, criou uma Comissão Interinstitucional que conta com a sociedade civil e também com servidores públicos. Tem muita gente boa e experiente no universo público que precisa ser contemplada.
Sugeriria ainda que a formatação dessa comissão e também a sua forma de funcionamento fossem definidas na regulamentação da lei e que a lei previsse isso. Inclusive que a lei previsse que essa comissão devesse passar por processos formativos continuados, para que sejam capazes, com excelência, de compreender e compartilhar aspectos que serão de sua competência, que serão da esfera pedagógica, ambiental, pública (já que é uma política pública) e também que ajude o grupo a funcionar como um grupo. Abundam os exemplos de comissões do tipo que não conseguiram cumprir suas funções simplesmente porque o grupo não conseguia trabalhar como um grupo. E isso não vai ocorrer naturalmente. Isso precisa ser aprendido.
Por fim, acho que as demandas para esta comissão, que é voluntária, instituídas nos incisos abaixo são muito pesadas. É preciso uma participação em tempo integral para que os componentes dessa comissão sejam capazes de fazer tudo isso. Apesar de eu achar que essas propostas sejam boas, acho que são pesadas para a comissão, a não ser que ela tenha uma secretaria executiva a disposição para os trâmites burocráticos. No caso das conferências, acho que deveriam se dar em espaço bienal, para dar tempo de organização e também para que projetos amadureçam.
§ 3º. Compete à Comissão Multidisciplinar de Educação Ambiental a que se refere o parágrafo anterior:
I - apresentar, até 30 de abril de cada ano, propostas de projetos, com os respectivos dimensionamentos de recursos, para fim de subsidiar os projetos de leis orçamentárias;II - assessorar o órgão gestor na promoção de uma conferência anual de avaliação da política municipal de educação ambiental, com a presença de representantes do setor público, da sociedade civil e das empresas que desenvolvam iniciativas de educação ambiental; eIII - propor, até 15 de janeiro de cada ano, um tema a ser priorizado nas campanhas de educação ambiental.§ 4º. Sem prejuízo do disposto no inciso lII do parágrafo anterior, toda e qualquer ação desenvolvida ou apoiada pelo Poder Público Municipal no âmbito da política estabelecida por esta Lei deverá comportar métodos de monitoramento e avaliação.



7. Os artigos 18 e 19 entre outros, destacam as secretarias inclusas no projeto de lei. Senti falta da secretaria da saúde. As pastas da saúde estão começando a trabalhar com um conceito que é o de cidades saudáveis, que na minha opinião é o mais integrador para a área ambiental, além de ser facilmente compreendido e também mensurável (muito mais do que sustentabilidade). Uma cidade saudável certamente será uma cidade ambientalmente adequada. Além disso, a pasta da saúde está desenvolvendo o campo da vigilância em saúde ambiental. Esses vigilantes formariam excelentes educadores ambientais (o município de SP tem um exemplo muito bom disso). Considero essa união fundamental, tanto do ponto de vista de abrangência de ação quanto de aproveitamento de estruturas que já existem.


8. O parágrafo único do artigo 15 termina com a palavra incentivará. Isso é muito vago e não significa nada. Acho que a gente precisa de uma postura mais pró-ativa do poder público municipal. Incentivar pode ser, simplesmente, uma palavra de apoio.


9.Nos trechos do texto que se referem à educação formal, acho que há várias coisas inclusas que não competem a uma prefeitura, como por exemplo a formação de professores. A cidade não possui uma faculdade de formação de professores. O texto do artigo 14 compete ao MEC e já está incluso na política nacional (sem muito sucesso). O parágrafo único deste artigo sim, contempla a prefeitura e deve ser mantido.

10. Por fim, acho que está faltando uma definição clara de orçamento. De onde virão os recursos para a educação ambiental do município? Por que compor um fundo de Educação ambiental que seja nutrido por recursos de multas, por exemplo. Por que não incluir a Educação ambiental em projetos de licenciamento ambiental local (os RARAMS) e trazer recursos desses processos para a educação ambiental. Como realizaremos conferências se não temos recursos? Por que não atrelar a EA formal à recursos da SME? A SME é a secretaria mais rica de um município. A parte dos recursos ficou muito difusa e isso é ruim. 


Acho que é isso no momento. Agradeço desde já a paciência de todos e me coloco a disposição. Mais uma vez, tenho o maior interesse de que possamos produzir uma política municipal que seja referência para o país, não só pelo resultado mas também pelo seu processo. 

Daniel Fonseca de Andrade
dfa@usp.br


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rio + 20

É impressionante a avidez da mídia de massa em dizer que a Rio+20 foi um fracasso, uma constatação imprecisa que desvia a atenção das reais raízes da questão: quem fracassou não foi a conferência, mas as lideranças globais de hoje, que não são suficientes para fazer com que os temas socioambientais do mundo causem qualquer modificação nas suas reais preocupações, que são as de refinar as maneiras pelas quais a economia seja a única merecedora de qualquer atenção e credibilidade.
E sorte deles que a Europa passa por uma crise econômica! Em 2001, na conferência de Joanesburgo (a Rio + 10), foi o terrorismo internacional que cumpriu esse papel. Lá a delegação norte-americana fez todos os esforços para banalizar "meio ambientes" e sociedades em nome de uma convergência global contra o terrorismo. Então parece que a medida se repetiu.  
A avaliação do fracasso decorre também daqueles que desconsideram completamente os movimentos que ocorreram durante a Cúpula dos Povos, que reuniu, ela sim, povos (no plural) e suas agendas, receios e aspirações. Apesar das dificuldades provenientes desse pluralismo, ela (a Cúpula) não o negou. Pelo contrário, enfatizou. Trouxe tudo aquilo que a primeira deixou de fora, que agora (diferente da Eco-92), foram coisas demais.
Me pareceu (ah, estive lá, então falo a partir do que vi) que mais e mais os resultados das análises feitas convergem para uma constatação, a de que a democracia representativa há muito não é capaz de considerar o bem comum e nem de propiciar para os representados as concretizações de suas promessas. O espaço entre gente comum e tomadores de decisão ficou grande demais e nada mais explícito para comprovar isso do que o distanciamento entre a Cúpula dos Povos e o evento oficinal. As aspirações da primeira (felicidade, cuidado, diálogo, humanidade, biodiversidade, direitos, justiça e outros) não existem para a segunda! Diria ainda que os povos da primeira não existem para a segunda.
O evento oficial, este sim, simboliza o fracasso com tudo de mais perverso: para um modelo civilizatório definido no pós-segunda guerra que não cumpriu com suas promessas (basicamente a de que o crescimento econômico traria a redenção para todos), oferecem mais do mesmo: o crescimento econômico será a nossa redenção. Está ficando chato já, de tão simplória, senão embaraçoso, defender essa ideia, depois de 60 anos de experiência malograda.
Apoiados na ignorância generalizara, pela incapacidade de compreensão e, finalmente, pelas denúncias banalizadoras (quem vai querer se interessar por um assunto fracassado?), propõem que a economia deve ser defendida a qualquer custo e que não podemos nos dar ao luxo de pensar na questão ambiental.
Pergunto para o leitor: em algum momento da história tivemos nós aqui no Brasil ou teremos no mundo uma condição de bonança econômica? Não! As crises são fundamentais para que as medidas sacrificadoras de povos e ambientes sejam apoiadas por esses mesmos povos. Assim, ao invés de esperarmos para investir na questão ambiental quando tivermos uma condição que nunca, de fato, chegará, é preciso dar oxigênio à ideia de que devemos considerar as questões ambientais a despeito dessas crises, porque senão precisaremos, cada vez mais, de nos esforçar criativamente para inventarmos, a cada 10 anos, uma desculpa para não fazê-lo.
Como li lá durante uma passeata contra os retrocessos da legislação ambiental brasileira (a marcha a ré), quando os povos lideram, os líderes seguem!
 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Lançamento de Coletânea

Olá, convido a todos para o lançamento da coletânea abaixo. 
Sábado, dia 25 de fevereiro
Livraria da Vila, Vila Madalena, SP.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sacolas Plásticas

Aproveito algumas expressões de descontentamento em relação ao fim das sacolas plásticas em vários supermercados do estado para tecer uns poucos comentários, defendendo o porquê que o seu uso deve ser reduzido (e portanto concordando com a política).
Primeiro, gostaria de esclarecer que há uma diferença entre sacolas plásticas de supermercados e outras embalagens plásticas. A sacola podemos escolher, e as embalagens plásticas não. Com o tempo, acredito que essa tendência se estenda a outros tipos de materiais. Não eliminaremos os plásticos da vida (e nem as sacolas plásticas), mas o caminho será na racionalização do seu uso, contabilizando inclusive, para isso, os custos ambientais que promovem.
Abaixo alguns dados que devem ter sido usados para justificar essa política:
Primeiro, porque no mundo são produzidas cerca de 500 bilhões de unidades a cada ano (1,4 bilhão por dia ou 1 milhão por minuto). No Brasil, são consumidas 1 bilhão de sacolas todos os meses (média de 66 sacolas por habitante por ano).
Esse nível de produção e consumo indica que o seu uso passou a ser indiscriminado e irresponsável. Ora, mesmo aqueles que alegam que dão finalidade para essas sacolas em suas casas (como eu, é verdade), nenhum de nós é capaz de consumir 66 sacolas por ano/pessoa!!! O que sobra é um absurdo, que vai, no Brasil, com sorte, para os locais de destinação final de lixo (dos quais, infelizmente, 75%, são lixões a céu aberto, ou seja, elas ficam soltas na natureza). E lembre-se que as sacolas plásticas praticamente não possuem valor comercial para catadores, que não vão, portanto, recolhê-las.
Há vários artigos que podem ser encontrados na net, hoje em dia, que demonstram que em alguns locais do planeta, a massa de plástico encontrada por metro cúbico de água dos oceanos é maior do que a massa de fitoplâncton da região (que são os microorganismos que produzem o oxigênio que respiramos). Isso é uma catástrofe, pois estamos pavimentando o fundo dos oceanos (porque todo plástico acaba descendo) com plástico.
Agora, algumas dicas já testadas por mim ao longo do tempo: carrego um conjunto de sacolas retornáveis no porta-malas do meu carro há mais ou menos 12 anos, junto com uma caixa de papelão (que pego nos mercados). Essa mudança nunca me causou nenhum problema e nem custo extra, já que em geral temos dessas sacolas/mochilas em casa, lá naquele quartinho dos fundos, bem atrás das teias de aranha e poeira (e as caixas são gratuitas). É só lavar com frequência e tá tudo bem. Portanto, não é necessário também sair comprando sacolas retornáveis nos supermercados!!!!
Um dado curioso, é que como trabalho com meio ambiente, ouço repetidas vezes reclamações de que as mudanças, para ocorrerem,  "tem que pegar no bolso, senão ninguém muda". Aí quando surge a possibilidade de uma mudança que pegue no bolso (só vai pegar de quem não é criativo, no geral), as pessoas reclamam novamente! Não deslegitimo as reclamações, apenas acho curioso.
Por fim, estou também interessado em ver como a população vai se adequar a essa mudança a médio prazo. Espero, sinceramente, que ela "pegue", pois o meio ambiente em geral, certamente os oceanos, e eu como alguém que gosta de surfar (e portanto encontro muito dos nossos sacos plásticos lá), agradeceremos.

Obs: A (péssima) qualidade do ambiente em que vivemos decorre das nossas ações. Se não mudarmos (de fato, fazermos diferente), ela não vai mudar. Ou seja, vai, para pior!!!


Gostaria de ouvir opiniões de quem leu até aqui sobre a questão. Deixe seu recado. Acima compartilho com vocês um conjunto de sacolas interessante que eu comprei (este sim, comprei), há uns 5 anos, para meus pais. Um conjunto interessante que se acopla aos carrinhos dos supermercados e que traz sacolas unidas por velcro, portanto que podem ser separadas e usadas individualmente. Muito práticas e que já economizaram, na sua vida útil, muitas sacolas plásticas.






Sacolas Plásticas

Aproveito algumas expressões de descontentamento em relação ao fim das sacolas plásticas em vários supermercados do estado para tecer uns poucos comentários, defendendo o porquê que o seu uso deve ser reduzido:
Primeiro, porque no mundo são produzidas cerca de 500 bilhões de unidades a cada ano (1,4 bilhão por dia ou 1 milhão por minuto). No Brasil, são consumidas 1 bilhão de sacolas todos os meses (média de 66 sacolas por habitante por ano).

Esse nível de produção e consumo indica que o seu uso passou a ser indiscriminado e irresponsável. Ora, mesmo aqueles que alegam que dão finalidade para essas sacolas em suas casas (como eu, é verdade), nenhum de nós é capaz de consumir 66 sacolas por mês!!!